Voices of Change: Pessoas com Síndrome de Down Lutam por Seu Direito de Decidir!

O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, traz como tema deste ano a importância da inclusão de pessoas com deficiências nos processos de decisão que impactam suas vidas. A ideia funciona como um chamado à ação, defendendo que essas pessoas estejam presentes nas discussões sobre autonomia e nas esferas sociais e políticas.

Bruno Moura, um fotógrafo de 23 anos que trabalha no Supremo Tribunal Federal e tem Síndrome de Down, expressa seu desejo de participar das decisões que afetam sua vida. Para ele, “a decisão é minha, e eu sempre tomo a decisão certa”. Bruno argumenta que a Síndrome de Down não é uma limitação, mas sim uma condição que permite às pessoas sonhar e viver plenamente, garantindo seu direito de trabalhar e desfrutar a vida.

Em uma perspectiva similar, Tati Sousa, que fundou uma instituição no Ceará após ter um filho diagnosticado com autismo, enfatiza a necessidade de incluir as vozes das pessoas com deficiência na criação de políticas públicas. Ela observa que é inviável desenvolver políticas sem ouvir as experiências e propostas dos próprios indivíduos afetados. Tati menciona desafios cotidianos, como a falta de cuidadores nas escolas e a ausência de acessibilidade nas calçadas, que denotam a vulnerabilidade diante de promessas legais ainda não cumpridas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 bilhão de pessoas, ou 15% da população mundial, convivem com alguma forma de deficiência. No Brasil, a cofundadora do Movimento Down aponta que 1 em cada 7 crianças nascidas possui Síndrome de Down. Ela destaca que a baixa representação dessas pessoas nos espaços de decisão é reflexo da necessidade de melhorias na educação inclusiva. Apesar de uma porcentagem significativa de alunos com deficiência frequentar escolas, questões como falta de mediadores e formação inadequada de professores ainda persistem, limitando o potencial dessas crianças.

Outro aspecto importante citado é a necessidade de uma rede de apoio que possa garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência em diversas áreas da vida. Criar ambientes mais inclusivos e acessíveis pode facilitar a participação ativa desses indivíduos nas decisões que os envolvem, permitindo que realizem seus sonhos, como o de Bruno, que aspira a viver no Rio de Janeiro, gerindo sua própria vida de acordo com suas regras.

A escolha do dia 21 de março para a celebração da Síndrome de Down remete à triplicação dos cromossomos no par 21, que caracteriza essa condição genética. A data foi proposta pelo Brasil e oficializada pela Assembleia Geral da ONU em 2011.

Por meio de conscientização e ações concretas, o Dia Internacional da Síndrome de Down busca promover a inclusão e a voz das pessoas com deficiência, fortalecendo suas reivindicações por direitos e autonomia.

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