Reviravolta Surpreendente: Aluno Expulso da Faculdade de Direito Ganha Nova Chance na Justiça!

A Justiça decidiu anular o processo administrativo que resultou na expulsão de Victor Henrique Ahlf Gomes, um ex-aluno de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A decisão determina que ele deve colar grau e receber o certificado de conclusão do curso. O estudante havia sido expulso após envolvimento em um caso que levantou acusações de importunação sexual, perseguição e agressões de discriminação. Victor nega todas as acusações e afirma ser vítima de uma “perseguição política”.

A USP anunciou que recorrerá da decisão judicial. De acordo com a defesa de Ahlf Gomes, a Justiça analisou de maneira adequada os elementos do processo administrativo, evidenciando falhas na condução da expulsão.

Apesar da decisão judicial, a Faculdade de Direito manteve sua posição de expulsão numa votação recente, onde a congregação, composta por cerca de 40 membros, decidiu majoritariamente pela manutenção da punição. Segundo a direção da faculdade, a legislação permite que a somatória de recursos judiciais ainda possa impactar a decisão administrativa.

A investigação contra Ahlf Gomes começou em 2022 após queixas de sua ex-namorada sobre comportamentos abusivos. A análise da faculdade considerou as mensagens trocadas entre os envolvidos e depoimentos de mais de 20 pessoas, levando à conclusão de que a ex-namorada era a vítima no caso.

Durante o processo, Ahlf foi realocado em seu turno de aulas para evitar contato com a acusadora, mas mesmo assim conseguiu cumprir créditos e completar seu Trabalho de Conclusão de Curso. Após a decisão de expulsão, a punição foi estabelecida como um ato grave que abalou a comunidade acadêmica da faculdade.

O caso é inédito na história da Faculdade de Direito da USP, que nunca havia expulsado um aluno anteriormente. A Justiça considerou a expulsão desproporcional, afirmando que prejudicaria o patrimônio educacional e histórico do estudante. A decisão incluiu a exigência de que a universidade assegure a colação de grau e a emissão do diploma.

As acusações contra Ahlf envolviam também questões de racismo. Durante a investigação, a aluna relatou ter sido vítima de xingamentos e ataques relacionados à sua etnia. No entanto, a Justiça argumentou que as evidências apresentadas não eram contundentes, uma vez que as testemunhas divergem em seus depoimentos.

Após a decisão judicial, um grupo de alunos da Faculdade de Direito protestou, pedindo a manutenção da expulsão. O clima no campus continua tenso, conforme várias vozes se mobilizam em torno do caso, refletindo diferentes pontos de vista sobre a conduta e as consequências do ocorrido.

Este caso destaca os complexos desafios enfrentados por instituições acadêmicas ao lidar com questões de ética, discriminação e direitos individuais, além de evidenciar a importância do devido processo legal em casos que envolvem acusações graves. A batalha legal e o debate sobre a integridade da comunidade acadêmica seguem, enquanto as partes buscam justiça em um cenário delicado.

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