
Empoderamento Feminino: Mulheres se Mobilizam por Liberdade Reprodutiva e Fim da Escala 6×1!
Neste sábado, 8 de março, comemorou-se o Dia Internacional de Luta das Mulheres em São Paulo com um ato unificado, reunindo uma diversidade de movimentos sociais, sindicais e cidadãos em prol dos direitos das mulheres. A concentração ocorreu em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14h, e os participantes seguiram em marcha pela Avenida Paulista em direção à Praça Oswaldo Cruz, cerca de duas horas depois.
O evento, promovido pela Marcha Mundial das Mulheres, trouxe o lema “Marchamos contra as Guerras e o Capitalismo, Defendemos a Soberania dos Povos e o Bem Viver!”. Embora o dia fosse celebrado como uma homenagem e uma festividade, a principal mensagem foi de luta e resistência.
Uma das vozes destacadas no ato enfatizou a urgência de combater o fascismo e defender os direitos das mulheres, que frequentemente enfrentam a sobrecarga de trabalho e os retrocessos no que diz respeito a direitos reprodutivos, incluindo a legalização do aborto. As organizadoras do ato pediram a ampliação dos direitos relacionados ao aborto, destacando que tentativas de restrição estão em curso, dificultando o acesso que já é garantido por lei.
O evento também levantou bandeiras contra diferentes formas de violência, como o feminicídio e a exploração no trabalho doméstico. Uma das principais reivindicações foi o fim da escala 6×1, solicitando a redução da jornada de trabalho, que impacta especialmente as mulheres, que muitas vezes acumulam jornadas duplas, dividindo-se entre o emprego formal e as responsabilidades familiares.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma das organizadoras do ato, destacou a importância da luta por igualdade de direitos, trabalho decente e justiça em questões reprodutivas e climáticas, além de condenar a anistia a golpistas.
Os protestos deste ano também clamaram por salários dignos e pela defesa da democracia, além de se manifestar contra o racismo, o fascismo e a violência policial. Em uma abordagem mais ampla, as organizadoras do ato trouxeram à tona a situação das mulheres no cenário internacional, expressando solidariedade com aquelas que enfrentam abusos e conflitos, como as mulheres saharauís e palestinas, que continuam a lutar por seus direitos em meio a conflitos prolongados.
Esse ato não só refletiu as reivindicações locais, mas também se conectou a lutas globais, reafirmando o compromisso com a solidariedade entre mulheres de diferentes contextos ao redor do mundo. É um dia de lembrar não apenas as conquistas, mas também as batalhas que ainda precisam ser travadas em nome dos direitos das mulheres.