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A Justiça do Trabalho determinou o afastamento imediato da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado (SINTTEL/MS) em decorrência de suspeitas de irregularidades na administração de recursos financeiros. A medida foi tomada após um pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que apresentou evidências de apropriação indevida de recursos por parte de membros da diretoria.
Entre os dirigentes citados nas investigações estão o atual presidente, Jefferson Borges Silveira, e o ex-presidente, Rafael Gonzales, além de outros dois diretores, Adão Farias Alves e João Batista da Silva. A decisão judicial também incluiu o bloqueio de bens dos diretores e da empresa Arena Garden, que está ligada a João Batista da Silva.
O juiz responsável pela liminar, Ana Paola Emanuelli Balsanelli, considerou que havia indícios suficientes para justificar o afastamento da diretoria. Segundo os documentos apresentados, um valor total de R$6.842.018,24, relativo a uma sentença coletiva, foi integralmente recebido pelo sindicato. Entretanto, esse montante teria sido transferido para contas pessoais dos dirigentes sem qualquer controle institucional ou transparência na prestação de contas.
O MPT relatou que, do total recebido, cerca de 70% dos recursos destinados aos trabalhadores substituídos não foram repassados adequadamente ou foram entregues com deduções não justificadas. Além disso, houve orientação para que os beneficiários não informassem o recebimento ao Fisco. Já os 30% restantes, que deveriam ser utilizados para fortalecer o sindicato conforme definido em assembleia, foram transferidos de forma inadequada, indicando possíveis desvios de recursos.
A juíza destacou que as práticas da atual diretoria evidenciam um abuso do poder sindical, já que a mesma equipe está à frente da entidade há mais de 20 anos, alternando cargos e promovendo ações consideradas antidemocráticas. Além disso, o sindicato se encontra com o cadastro inativo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, indicando falta de legitimação e de cumprimento de responsabilidades básicas para operar como entidade sindical.
Essas situações levantam questões importantes sobre a gestão de sindicatos e a necessidade de transparência e responsabilidade na administração dos recursos, destacando a importância de um ambiente sindical saudável e legítimo que atenda aos interesses dos trabalhadores.