Universidade pode reverter expulsão de estudante conservador; decisão gera debate!

A expulsão do aluno Victor Henrique Ahlf Gomes, da Universidade de São Paulo (USP), está passando por uma nova avaliação pela comissão deliberativa da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Formada por professores, servidores e ex-alunos, essa Congregação se reuniu recentemente para discutir a possibilidade de revisar a decisão que impediu o estudante de se formar.

Com apenas 22 anos, Victor se destacou academicamente, concluindo o curso de Direito com uma média geral de 9,1 e obtendo a nota máxima em seu Trabalho de Conclusão de Curso. No entanto, ele afirma ter sido expulso por “perseguição política” em um processo administrativo que considerou condutas ocorridas fora do ambiente da faculdade e sem a devida comprovação.

Durante a reunião, alguns membros da comissão relataram a identificação de várias irregularidades na condução do processo que culminou na expulsão de Victor. A discussão foi intensa, levando à solicitação de mais tempo para que os integrantes analisassem melhor o caso. Um novo relatório sobre a situação será apresentado em uma próxima reunião marcada para o dia 27 de março.

A reunião pode ter sido uma resposta a um recurso apresentado pela defesa de Victor ao Conselho Universitário da USP em outubro. No entanto, não houve comunicação clara a respeito do progresso desse recurso. A defesa do aluno alegou que não foi informada sobre a reunião e precisou solicitar autorização para participar da sessão, recebendo retorno a apenas algumas horas antes do encontro.

Victor foi impedido de se formar com sua turma no dia 4 de fevereiro, quando um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) aberto em 2022 decidiu pela sua expulsão. A decisão gerou críticas de professores da USP, que argumentaram que não houve fundamentos acadêmicos válidos para justificar tal medida. Alguns docentes sugeriram que, se Victor não tivesse uma posição política claramente definida, a situação poderia ter sido tratada de forma diferente.

A defesa de Victor também buscou apoio judicial para anular o processo de expulsão. Embora uma decisão preliminar tenha sido favorável, permitindo que ele se formasse com sua turma dias antes da colação de grau, essa medida foi suspensa pela universidade às vésperas da cerimônia. A defesa aguarda uma resolução definitiva sobre o caso, enquanto acompanha o desenrolar da reavaliação na Faculdade de Direito.

Desde que o recurso foi protocolado, houve uma preocupação em relação ao tempo das deliberações, especialmente porque a análise poderia ter ocorrido mais cedo, possibilitando que o aluno se formasse junto com os colegas. A situação de Victor continua sob análise, e suas próximas etapas dependerão das decisões a serem tomadas pela comissão da faculdade.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Back To Top