
Aluno de Direito Expulso Revolta-se e Clama: ‘É Perseguição Política!’
Victor Henrique Ahlf Gomes, de 22 anos, concluiu seu curso de Direito na Universidade de São Paulo (USP) com uma média de 9,1, mas enfrentou sérios problemas durante sua graduação, culminando em sua expulsão. Ele denuncia ter sido alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) motivado por “perseguição política”. Desde que entrou na universidade em 2020, Victor se identificou como um “estudante de direita”, e sua situação tornou-se conhecida no campus.
A expulsão ocorreu após um desentendimento com sua ex-namorada em 2022. Após fazer uma reclamação contra ela na Ouvidoria da Faculdade de Direito, Victor viu a diretoria inverter a denúncia, resultando em um processo disciplinar contra ele. Segundo relatos, as acusações includem supostas situações de assédio, mas testemunhas afirmam que essas alegações são extremamente frágeis e não corroboradas por evidências concretas.
Victor relata que o relacionamento com a ex-namorada começou no início de sua trajetória acadêmica e, após algumas separações, eles reataram em abril de 2022. No entanto, depois de um encontro, surgiram rumores de que ele havia forçado a jovem a sair com ele, algo que Victor nega veementemente, afirmando que o encontro foi consensual. Durante a aula, tentativas de conversar com a ex-namorada foram mal interpretadas por colegas, que propagaram rumores sobre supostas agressões.
Esses rumores geraram um ambiente hostil, e Victor decidiu abrir uma reclamação formal na faculdade, mas sentiu que suas preocupações não foram levadas a sério por causa de sua posição política. Ele começou a responder ao PAD, sendo excluído das aulas e forçado a mudar de turno, sem contato com a ex-namorada.
As alegações durante o PAD se ampliaram para comportamentos pessoais de Victor que não tinham relação com os fatos, buscando informações sobre sua postura política e opiniões. Ele menciona que se questionou até sobre comentários que fez em contextos informais, que foram mal interpretados.
Com a expulsão, Victor buscou justiça, e uma liminar chegou a ser concedida para que ele pudesse participar da colação de grau. No entanto, essa decisão foi suspensa na véspera da cerimônia. Atualmente, a comissão da Faculdade de Direito da USP está se reunindo para reavaliar sua demissão, podendo revisar a decisão anterior, especialmente considerando que durante o julgamento, deputações de alunos na porta do local criaram um clima intimidativo para os professores.
Victor e seus aliados esperam que a revisão do caso leve em conta a fragilidade das evidências que motivaram sua expulsão e que uma decisão mais justa seja tomada.