ONU Lança Alerta: Alimentação é um Direito Humano, Não um Produto!

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, proferiu um discurso na 52ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar Mundial, destacando a importância das Diretrizes Voluntárias para a Realização Progressiva do Direito à Alimentação Adequada, adotadas há vinte anos. Essas diretrizes têm sido essenciais na promoção de uma abordagem baseada nos direitos humanos em relação à segurança alimentar e nutrição.

Infelizmente, apesar da abundância global de alimentos, cerca de 735 milhões de pessoas ainda enfrentam fome e desnutrição, enquanto milhões estão à beira da insegurança alimentar. Türk mencionou situações alarmantes no Sudão, onde o conflito atual deixou aproximadamente 26 milhões de pessoas sob o risco de fome. Em algumas áreas, a desnutrição severa afeta quase um terço das crianças.

A crise em Gaza também foi abordada, com 96% da população enfrentando insegurança alimentar severa, agravada por restrições à ajuda humanitária. Outros países como Chade, Haiti, Mali, Mianmar, Sudão do Sul e Iémen estão passando por níveis críticos de fome, o que segundo Türk é inaceitável em um mundo repleto de recursos.

Türk destacou a necessidade urgente de transformação na forma como os alimentos são considerados, passando de uma mercadoria para um direito humano. Ele ressaltou que agricultores e trabalhadores rurais, que são fundamentais para a produção de alimentos, frequentemente vivem na pobreza e na fome. Para enfrentar essa realidade, é imperativo construir sistemas alimentares que priorizem acessibilidade, adequação e sustentabilidade, alinhando-se aos padrões internacionais de direitos humanos.

O Alto Comissário enfatizou o papel fundamental do Comitê de Segurança Alimentar Mundial nesse processo. Ao reforçar a conexão entre o trabalho deste comitê e o Conselho de Direitos Humanos, é possível promover as mudanças necessárias. Comemorando o vigésimo aniversário das Diretrizes, Türk conclamou a comunidade internacional a dedicar esforços significativos e vontade política para implementar essas diretrizes.

Ele finalizou seu discurso com um apelo à colaboração, visando um futuro onde alimentos seguros estejam disponíveis para todos e onde a fome global se torne uma memória do passado. A mensagem reforça a ideia de que a luta contra a fome deve ser uma prioridade central nas agendas globais, buscando um mundo mais sustentável e igualitário.

Para mais informações sobre as ações e iniciativas da ONU em relação aos direitos humanos, é possível acompanhar as atualizações nas redes sociais da organização.

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