
Revelações bombásticas: Delação de ex-assessor de Bolsonaro agita os bastidores da política!
Na quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu derrubar o sigilo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Essa decisão ocorreu uma dia após a Procuradoria Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas, no âmbito de um inquérito que investiga um suposto plano de golpe de Estado em 2022. O objetivo deste plano seria impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, começou em agosto de 2023 e suas declarações foram cruciais para os desdobramentos do caso. O conteúdo de suas delações foi descoberto em documentos que, até então, estavam sob sigilo. O ex-ajudante presta seus depoimentos com o intuito de colaborar com a justiça na apuração de diversos crimes, incluindo a investigação sobre ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.
Em novembro de 2024, Cid foi ouvido novamente devido a contradições em suas declarações, que levantaram suspeitas sobre um plano para assassinar o ministro do STF. Os novos relatos apresentados contribuíram significativamente para a prisão do general Walter Braga Netto, que foi ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022.
As acusações contra os envolvidos, incluindo Cid e Braga Netto, são graves e podem resultar em penas que variam de seis meses a 17 anos de prisão, dependendo da gravidade do crime. Os crimes citados na denúncia incluem a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Atualmente, a denúncia apresentada pela PGR aguarda a apreciação do STF. O ministro Moraes deve decidir se aceita ou não a denúncia, podendo também solicitar modificações à PGR caso julgue necessário. Esse processo inclui audiências com os acusados e novos interrogatórios.
Os militares implicados na investigação serão julgados pela justiça comum, uma vez que os crimes pelos quais estão sendo acusados têm natureza civil. A investigação da Polícia Federal, que já dura quase dois anos, revelou um conjunto de evidências obtidas por meio de quebras de sigilo, colaborações premiadas e outras diligências.
A PGR optou por dividir a denúncia em cinco partes, estratégia que poderá facilitar a análise de cada ação penal de forma mais independente. Entretanto, essa divisão pode criar desafios na conexão entre os réus por organização criminosa, um ponto que será monitorado ao longo do processo.
A situação segue em desdobramento, e é esperado que novos documentos e informações sejam disponibilizados à medida que o processo avança. A decisão final do STF e as possíveis condenações que surjam a partir desse caso certamente terão implicações significativas no cenário político e judicial do país.