Escândalo na Faculdade de Direito: Aluno Expulso em Meio a Acusações de Abuso e Mensagens Nazistas!
Um aluno da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) foi expulso por importunação sexual, perseguição, violência de gênero e discriminação racial, marcando um momento inédito na história da instituição. O estudante, que havia concluído o quinto ano, não pôde participar da colação de grau e recorreu à Justiça para garantir seu direito ao diploma.
O caso começou quando o aluno fez uma denúncia contra sua ex-namorada, alegando que ela divulgava informações caluniosas sobre ele. Entretanto, após investigações que incluíram mensagens de WhatsApp e depoimentos de mais de 20 pessoas, a faculdade concluiu que a ex-namorada era a verdadeira vítima. Com isso, um processo disciplinar foi aberto contra ele.
O relacionamento entre os dois começou em 2021, durante o período de aulas online devido à pandemia, e terminou em 2022, após a denúncia. No início de 2023, a congregação da faculdade, composta em sua maioria por professores, decidiu, por unanimidade, pela expulsão do aluno. Ele então conseguiu uma liminar que impedia a execução dessa decisão, permitindo que continuasse frequentando as aulas. No entanto, a congregação revisou o caso em setembro de 2024 e, novamente, decidiu pela expulsão, desta vez com um voto de 34 a 7.
Durante o processo, o aluno foi transferido para outro turno para se afastar da ex-namorada. Ele completou todos os créditos e até obteve nota máxima em seu trabalho de conclusão de curso. Poucos dias antes da formatura, conseguiu uma liminar para participar da cerimônia, mas essa decisão foi revertida pela procuradoria da USP. No dia da colação, colegas penduraram uma faixa com a frase “abusador não é doutor”.
O relatório que fundamentou a expulsão destacou que o aluno cometeu “atos extremamente graves” que abalaram a comunidade acadêmica. Os professores envolvidos descreveram o relacionamento como “típico de abuso”, incluindo atos de violência de gênero e discriminação racial. Foi relatado que, em uma ocasião, o aluno teria agredido fisicamente a ex-namorada e a intimidado com mensagens e constantemente a perseguindo.
Além disso, surgiram alegações de que o aluno fez comentários racistas e de cunho nazista em relação a outra estudante. A defesa do estudante nega as acusações, alegando fragilidade das provas e afirma que os eventos relatados são parte da vida íntima do casal, fora do ambiente acadêmico.
O caso segue sendo analisado pelo órgão máximo da USP, enquanto um debate emergente sobre a necessidade de políticas efetivas para combater a violência de gênero nas universidades ganha destaque. A decisão de expulsão foi considerada um passo significativo para reafirmar a posição da instituição contra qualquer forma de abuso e discriminação.