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Edson Alfredo Martins Smaniotto, desembargador aposentado e respeitado por sua ética e senso de justiça, faleceu na última sexta-feira. Nascido em Duartina, São Paulo, formou-se em Direito em 1977. Após se tornar promotor de Justiça em Goiás em 1978, enfrentou dificuldades financeiras que o levaram a vender seu carro e considerar retornar à sua cidade natal.

Um episódio marcante em sua trajetória ocorreu quando um advogado adversário lhe ofereceu uma carona, o que despertou nele o desejo de se tornar juiz. Com o apoio de sua mãe, que estava visitando-o, Smaniotto decidiu inscrever-se em um concurso para juiz em Brasília. Ele obteve sucesso, sendo aprovado em primeiro lugar, e em 1983, assumiu o cargo de juiz de direito substituto.

Sua carreira como juiz foi notável, marcada por sua ética e sensibilidade. Atuou em diversas varas, incluindo família e cível, sempre evidenciando seu compromisso com a justiça. Relatos de sua filha destacam sua habilidade de se conectar com as pessoas, tanto no magistério quanto na magistratura, sempre buscando uma abordagem humanizada para os desafios do direito.

Um evento notável aconteceu em sua atuação no tribunal, quando, durante uma audiência na 6ª Vara Criminal, um réu armado tentou fazer reféns. Smaniotto agiu rapidamente para desarmá-lo e garantir a segurança de todos presentes, um ato que solidificou sua reputação como um profissional atencioso e corajoso.

Promovido a juiz titular em 1986, Smaniotto ocupou a 6ª Vara Criminal e teve um papel importante no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, além de ter sido nomeado desembargador em 1997. Sua filha ressalta que, mais do que suas conquistas profissionais, o legado mais significativo de Smaniotto foram as amizades que cultivou ao longo da vida.

Após 24 anos de serviço na magistratura, Smaniotto decidiu se aposentar, encerrando sua última sessão no Tribunal de Justiça em janeiro de 2010. Ele fez o trajeto de volta para casa a pé, relembrando sua chegada à capital.

Na aposentadoria, Smaniotto se dedicou à vida acadêmica como professor de Direito Penal e continuou atuando na advocacia. Sua paixão pelo ensino e pelo convívio com os alunos foi uma parte fundamental de sua vida pós-magistratura. Recentemente, recebeu o título de cidadão honorário de Brasília, um reconhecimento que atraiu muitos amigos, alunos e familiares, incluindo sua neta, que fez uma homenagem emocionante.

Lembrado por sua calma, paciência e valorização do núcleos familiar, Smaniotto deixa saudades profundas. Sua filha destaca a importância da convivência familiar em seu lar, onde o companheirismo sempre esteve presente. Ele deixa um legado de amor, justiça e amizade, marcado pelo respeito e pela empatia que sempre demonstrou em todas as áreas de sua vida.

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